Sttau Monteiro começa, então, uma carreira
como jornalista, colaborando em várias publicações, de que se destaca a sua
participação na revista Almanaque, onde também eram redactores Augusto
Abelaira, José Cutileiro, Alexandre O’Neil, Vasco Pulido Valente e José Cardoso
Pires. Relevante foi ainda o seu desempenho no Diário de Lisboa, matutino
onde coordenou o suplemento "A Mosca", nos anos 70 do século XX, com a
colaboração de Joaquim Letria, José Cutileiro, Mário Castrim e João Abel Manta,
entre outros. Foi de igual modo nesse quotidiano que publicou as suas crónicas
gastronómicas intituladas «A Melga no Prato».
Publica a peça de teatro Felizmente Há
Luar!, obra que, sob influência do teatro de Brecht, e recuperando
acontecimentos anteriores (inícios do séc. XIX) da história portuguesa,
procurava fazer uma denúncia da situação sua contemporânea. Por isso, a censura
proibiu a sua representação.
No entanto, essa proibição não impediu que
fossem vendidos 160 mil exemplares da peça, o que resultou num êxito editorial
estrondoso.
Mais um texto dramático sai a público:
Auto da Barca do Motor fora da Borda - uma paráfrase moderna do teatro
vicentino. Foi proibido pela censura.
Nesse mesmo ano é editada a novela E se
for Rapariga Chama-se Custódia.
Entretanto, a primeira exibição de
Felizmente Há Luar!, em antestreia, aconteceu na sede do Club
Franco-Portuguais de la Jeunesse de Paris, no dia 1 de Março de 1969, e a
estreia, no dia 30 desse mesmo mês, no Théatre de l’ Ouest Parisien, levada à
cena pelo Teatro-Oficina Português.
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